Monti quer que líderes combatam sentimento "anti-europeu"

O chefe do governo italiano, Mario Monti, apelou na quinta-feira à noite aos dirigentes europeus para que combatam o sentimento antieuropeu, acentuado pela crise.
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"A União Europeia (UE) e especificamente o Conselho Europeu [dos chefes de Estado e de Governo] devem dar mais atenção ao verdadeiro problema político que temos: a reação contra a integração europeia no seio da opinião pública", afirmou Monti, em Bruxelas, no encontro do centro de reflexão 'Amigos da Europa'.

O dirigente italiano disse ainda que "a crise económica e as dificuldades em gerir a crise do euro provocaram suspeitas mútuas muito duras e preconceitos", referindo-se à dicotomia "do norte contra o sul", mas também aos conflitos entre países afetados gravemente pela crise e pela austeridade.

"Isso mina aquilo em que se funda a integração europeia: a simpatia pela ideia europeia. É urgente que os chefes de Governo tenham uma discussão muito franca sobre esta matéria", afirmou.

Mario Monti entende que os líderes europeus se têm focado muito nos problemas financeiros, mas mostrou-se convencido de que "se se instalar uma desintegração crescente e um espírito de contradição no seio da UE, isso não será menos importante".

A 08 de setembro, Monti tinha já sugerido a organização, em Roma, de uma cimeira europeia para combater "a perigosa" escalada dos populismos na Europa.

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